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Variedades

Quando grita o silêncio

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Quase não pude acreditar quando me vi assim, sozinho, envolvido em pensamentos desconexos, perdido no vazio da solidão de um minuto, no silêncio que oprime ou alimenta a alma. Reflexão tardia, talvez, poderiam dizer alguns, mas quando saber o momento se o tempo não define o agora, nem o antes e nem o depois? Doce lembrança de um tempo em que o calar da noite significava gravar uma fita do rádio, beber um Campari e sonhar, sozinho, com um futuro que nunca chegou, que jamais chegará.

Já é madrugada quando escrevo este texto. As luzes que vejo ao longe me transportam para um tempo distante e revivem em mim a lembrança de um dia em que, sozinho, 31 (trinta e um) anos atrás, na escuridão do meu quarto na casa 12 da quadra L do conjunto ipase, em São Luis do Maranhão (quebrada apenas pela luz do dial do meu aparelho de som), eu gravava uma fita K7 com as músicas do programa de Fátima de Franco que era transmitido pela Rádio Difusora FM, a partir da meia noite.

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Começo a sorrir. Hehehe. Não estou ficando louco. Apenas achei engraçado imaginar que muitos que terão a oportunidade de ler este texto não saberão do que estou falando. Eles são da era da informação avançada, da internet, do HD, do CD, do DVD e do blue-ray.  Hehehe. Eu e minhas memórias do século passado. Fita K7 (as melhores eram da Basf e da TDK) era aonde gravávamos as músicas para tocar depois nos toca-fitas dos carros, equalizadas nos Tojos que ficavam acoplados a eles. Era contemporânea do disco de vinil, uma bolacha que parecia ser de plástico rígido. Veio antes do CD. Tínhamos lojas desse produto, como a ‘SÓDISCOS’ de seu Augusto Castro, um portuga boa praça, pai do meu amigo de infância Cláudio Castro, o Catatau, um dos primeiros DJ’s do Maranhão e um posterior craque da informática, e de Eduardo, o mata 7, hoje colega advogado. Seu Augusto é avô de uma de minhas alunas do Ceuma III, cujo nome não revelarei para não gerar ciumes entre minhas amadas alunas. Tivemos nessa mesma época a fita de vídeo cassete, precursora do DVD, onde gravávamos os vídeos que registravam os nossos bons momentos. Tempos inesquecíveis.

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Fita K7

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Fita de vídeo cassete

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Toca fitas com Tojo acoplado

Volto ao dia recordado. Tinha me decidido a aprender a tomar Campari, uma bebida que sempre achei de linda cor, mas cujo gosto não me agradava. Comprei uma garrafa para o aprendizado. Lembro como se fosse hoje. Moleque de 17 (dezesete) para 18 (dezoito) anos aprendendo a ser homem. Pense num primeiro gole difícil de descer. Amargo demais. Puro remédio. Nada que umas gotas de limão não resolvessem. Segundo, mais ou menos. Do terceiro em diante só alegria. Boa bebida, um cigarro Carlton, uma boa seleção musical. Tudo o que um jovem poderia querer de bom (?). Naquela época era zero preocupação. Só queria viver, amar e jogar futebol. De responsabilidade apenas a preocupação com o vestibular que não tardaria a chegar. Meu sonho de então era ganhar na loteria, comprar um furgão da furglaine (acho que era esse o nome) e queimar asfalto, viajar muito por terra como sempre gostei.

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Nunca ganhei na loteria, não comprei o furgão e nem viajei com ele. Não me tornei o jogador de futebol que um dia sonhei me tornar. Joguei muito, bem sei, mas não tive o apoio que precisava para tanto. Parei de fumar e de tomar Campari, o que faço muito raramente. Estudei, me tornei advogado, me destaquei na minha profissão, fiquei famoso, virei professor universitário e um esforçado contador de histórias. Hehehe. Continuei liso. Hehehe. 

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Um jovem cabeludo aos 17 anos

Esta semana comecei a me despedir dos meus alunos. Foi uma semana feliz. Senti e li em suas palavras postadas nas redes sociais o seu carinho por mim (sinal que não me sai tão mau). Hehehe. Agora, no ensurdecedor grito que esse silêncio que a madrugada me impõe, sinto saudade do sonho que nunca se realizou, tenho convicção de que estou ajudando a construir o futuro, mas agora sinto falta de algo mais que me complete, como uma quarta dose de Campari e uma boa música gravada do programa da Fátima, para em seguida desligar o rádio, apagar o dial e dormir, acordando na realidade do futuro que chegou, escrito pelas linhas do destino que Deus me reservou.

12 Comments

12 Comments

  1. Rincon

    2 de dezembro de 2018 at 08:28

    Deus tem futuro pra cada um e como um tenente amigo meu me falou nada está ruim que não possa piorar então vamos agradecer ao nosso maravilhoso Deus

  2. HOLANDA

    2 de dezembro de 2018 at 11:00

    Eita meu amigo Sergio, reportei a esse tempo e comungo das mesmas lembranças….bom demais ter vivido e estarmos ainda sonhando e registrando nossa caminhada. Um forte abraço !!

    • Sérgio Muniz

      2 de dezembro de 2018 at 11:13

      Obrigado Holandinha. Tempos inesquecíveis. Outro abraço grande

  3. Anônimo

    2 de dezembro de 2018 at 12:05

    Nossa lindas palavras me emocionei
    Passei por boa parte de tudo q falou.

    • Sérgio Muniz

      2 de dezembro de 2018 at 11:12

      Fico feliz que você tenha se encontrado no texto. Obrigado pelo “lindas palavras “.

  4. Anônimo

    2 de dezembro de 2018 at 13:37

    Perfeito amigo, disse muito bem.

    Abraços Mata 7

  5. Fatima di Franco

    28 de dezembro de 2018 at 19:42

    Obrigada Sergio! Me sinto honrada por vc citar o meu nome no seu belíssimo texto! Tb viajei com as suas lembranças…bons tempos aqueles! Tb era fã do Campare nessa época! heheheheh! um bjão!

  6. turkce

    10 de fevereiro de 2021 at 10:17

    Thanks for the marvelous posting! I really enjoyed reading it, you will be a great author. I will remember to bookmark your blog and definitely will come back very soon. I want to encourage you to definitely continue your great writing, have a nice morning! Francine Ezri Masterson

  7. tigela Filtro Cobre

    5 de agosto de 2021 at 01:59

    fantástico e blogue notável. Eu realmente gostaria de agradecer, por nos
    fornecer melhor info.

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Homenagem

UM SILENCIOSO “EU TE AMO”

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O livro sagrado registra as sete alianças de Deus com a humanidade. Foram elas a Aliança com Adão, com Noé, com Abraão, com Moisés, com Davi, com o povo de Israel e a aliança através de seu filho Jesus. Para Adão e Eva Deus deu o paraíso e tudo o que nele se encontrava, só não poderiam comer da árvore do bem e do mal. Após ver em que os homens haviam se transformado e o pecado em suas ações, Deus mandou o dilúvio para por fim a tudo de ruim que havia na terra, salvando, contudo, Noé, seus familiares e um casal de cada animal existente. Deu-lhe uma segunda chance e determinou que Noé e sua família voltassem a povoar a terra, firmando com ele a aliança de que nunca mais um dilúvio ceifaria todas as vidas da terra e deu aos homens o arco-íris para lembrar a todos do afirmado. Com Abraão firmou o pacto de que lhe daria um filho, Isaac, de quem descenderia Jacó e de seus filhos Israel. Abençoou o outro filho que tivera com Agar, a serva de Sarah, Ismael, dele descendendo os demais Árabes, contudo a aliança foi firmada em torno de Isaac, que seria o pai do povo escolhido por Deus. Para tanto toda criança do sexo masculino deveria ser circuncidado até completar oito anos de idade. Com Moisés e o Povo de Israel firmou a aliança de dar-lhes as duas tábuas com os dez mandamentos e que o conhecimento sobre Deus deveria ser mantido até que se concretizasse a aliança de Deus com Abraão de que de sua descendência em Isaac sairia o povo de Deus, Israel, e o Messias. Esta é conhecida como A ANTIGA ALIANÇA.Com Davi pactuou que o seu trono seria para sempre e que de sua linhagem (era da mesma descendência de Abraão, de Isaac e de Jacó) viria o Messias (reafirmação da de Abraão). A sétima foi a aliança através de seu filho Jesus.
Está escrito que desde Abraão Deus enviaria um Messias, a quem caberia a salvação do mundo. Jesus nasceu para que fosse cumprida a promessa de Deus. Ao longo dos anos e com o julgo Romano, o povo clamava pela vinda do Messias, haja vista que o sofrimento era grande. Moisés havia retirado o povo Hebreu da escravidão no Egito, mas nunca chegou à terra prometida porque havia desagradado ao Senhor. Coube a Josué, seu sucessor, conduzir o povo à terra de onde emanava leite e mel. Anos se passaram até que se chegasse ao tempo de um certo Galileu.

Nada foi por acaso. Jesus nasceu de uma virgem concebida sem pecado e desde jovem mostrou-se um prodígio a atrair a atenção de todos. Seu ministério, contudo, foi iniciado após sua passagem pelo deserto. Somente então, após ser batizado por João Batista, começou sua caminhada de pregação e milagres. Chegou a Jerusalém na Páscoa cristã, quando se comemorava o fim do cativeiro do Egito e adentrou a cidade, consoante estava escrito, montado em um jumento, para demonstrar humildade. Despertou ciúmes e temor nos religiosos da época, notadamente após ressuscitar seu amigo Lázaro. Até o momento de sua entrada triunfal na cidade sagrada, restringiu-se a divulgar a palavra de Deus e semear o amor.

Os desígnios de Deus foram cumpridos à risca. Da traição por Judas (ou seria um ato instrumental?) à negação por Pedro, tudo se cumpriu como havia sido dito. Contudo, o que mais chama a atenção na Paixão de Cristo, antes da crucificação e ressurreição, é a sétima aliança proclamada na quinta-feira da paixão durante a Santa Ceia quando, modificando o simbologismo do pão e do vinho, Jesus os toma em suas mãos e os dá a seus discípulos dizendo: Tomai e comei. Este é o meu corpo que é entregue por vós. Tomai e bebei. Este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que é dado por vós pela remissão dos pecados. Fazei isso em memória de mim.

Preso e torturado para que de sua dor e sangue se cumprisse a libertação, foi crucificado entre ladrões para dar mostras de que o puro não se mistura mesmo estando no meio do mau e que se tiver fé e crer, ainda que na morte, é possível encontrar a salvação. Ele ressuscitou ao terceiro dia consoante estava previsto nas escrituras, deixando no mundo o histórico de amor ao próximo e que se você acreditar em Deus e que arrependido o procure, suas preces serão atendidas.

Na sexta-feira da paixão, muitas famílias se reúnem para agradecer ao sacrifício do Cordeiro de Deus e para reafirmar obediência as suas leis. Quanto aos ovos de chocolate, são distribuídos na sexta-feira para serem consumidos no domingo, quando o cálice amargo da dor é substituído pela alegria, doçura e comemoração da ressurreição.

Jesus Cristo vive entre nós. No silêncio dos pensamentos, na alegria dos momentos felizes de reunião com amigos, familiares e até mesmo na dor da solidão. Quando estiver precisando de força para continuar lutando, volta os olhos para o passado e enxerga na paixão a solução dos teus problemas. Ele morreu pela remissão dos pecados e sem dizer uma única palavra, disse o maior e mais eloquente “Eu Te Amo” da história. Lembra-te de que, se tiverdes fé, ainda que embaixo de uma pedra, lá ele estará para te levantar, ainda que o mundo te fizer cair.

FELIZ PÁSCOA.

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Homenagem

DESISTIR? JAMAIS.

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Eu estava chegando aos 15 anos de idade quando, caminhando pela rua grande em São Luís do Maranhão, juntamente com meu amigo Sandro Suzart dos Santos, recebi um panfleto que fazia propaganda da Escola Preparatória de Cadetes do Ar-EPCAR. Ficamos alucinados com a perspectiva de nos tornarmos pilotos de caça da aeronáutica.
Adolescentes que éramos, forjando nosso caráter e definindo rumos de futuro, imaginamos ser aquele um grande caminho a seguir, o que foi potencializado pela informação, trazida por Sandro, de que estava sendo gravado um filme sobre pilotos de caça e que seria lançado em breve. Era TOP GUN: Ases Indomáveis. Estrelado por Tom Cruise (Maverick) e Kelly Mcgillis (Charlie), tinha no elenco ainda, dentre outros, Val Kilmer (Ice Man). Foi um estrondo. Aquele filme marcou a nossa adolescência, notadamente por mostrar que, mesmo vivenciando o maior infortúnio, é possível dar a volta por cima e mostrar o seu valor.

Não prestei o seletivo para a EPCAR. O Futebol de Salão me apontou outro norte e minha inclinação por defender quem precisava fez de mim advogado. Diferente de mim, Sandro seguiu a carreira militar. Não se tornou piloto, mas mecânico de jatos da aeronáutica. Morou fora muitos anos e quando desejou retornar, acabei por ajudá-lo, juntamente com nosso amigo Clóvis Fecury. Ele acabou por se aposentar ainda jovem e decidiu fazer o curso de Direito, sendo hoje advogado como eu.
Lembrei de tudo isso hoje quando assistia, pela décima quinta vez, TOP GUN: Maverick. O filme conta a história de um aviador naval que, mesmo sendo uma lenda, encontra oposição na Marinha e, não fosse a proteção do seu amigo Ice Man (Val Kilmer), então Comandante da Esquadra do Pacífico, já teria sido impedido de voar. Eis o quanto é importante ter um amigo para lhe estender a mão. Chamado a treinar pilotos para uma missão dificílima, acaba por liderá-los e completando a tarefa. No elenco, como seu par romântico, está a belíssima Jennifer Connelly, a qual conheci como atriz em “Uma mente brilhante”. Maverick fez os aeronautas acreditarem que era possível completar a missão com êxito e voltar para casa em segurança. Desistir nunca foi uma opção.

Próximo de completar cinquenta e quatro anos, decidi completar o Curso de Mestrado Profissional em Direito e Afirmação de Vulneráveis da Universidade Ceuma. Fui o primeiro professor do quadro de professores a acreditar, cursar e completar o curso. Quase desisti. Incontáveis problemas de saúde quase me fizeram abandonar. Contudo, mesmo já não sendo nenhum menino, encontrei forças para completar o curso. No dia da defesa da minha dissertação, um momento singular da minha vida, lá estava ele, meu amigo do Colégio Dom Bosco do Maranhão, Sandro Suzart dos Santos.
Não nos tornamos pilotos de caça. Quis o destino que nos tornássemos advogados. Espero que ele faça o mestrado também. De tudo uma certeza: jovens ou de alguma idade, o importante é acreditar no sonho. Se no filme desistir não era opção, aqui não é e nunca será. Temos no corpo a fibra do lutador e na mente a certeza de que é possível vencer. Espero estar ao seu lado na sua próxima vitória, meu amigo, assim como você esteve na minha.

Muito obrigado pela amizade sincera, de trinta e cinco anos, ou mais. Acreditar sempre. Desistir? jamais.

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Variedades

JÁ NÃO SOMOS MAIS UM PAR

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Pearl Harbor é um filme de 2001 que narra o massacre Japonês à base naval americana do pacífico localizada no Havai e a reação dos Estados Unidos através do Ataque Doolittle. O filme é ambientado em meio ao triângulo amoroso que envolve Rafe (Ben Affleck), Danny (Josh Hartnett) e Evelyn (Kate Beckinsale). Esse é um dos grandes sucessos de Jerry Bruckheimer (Produção) e Michael Bay (Direção). A trama é embalada por muitas músicas, entretanto nenhuma lhe cairia tão bem quanto You’ve lost that lovin’feelin, na interpretação de Bill Medley. A letra fala da perda da paixão no relacionamento, de não fechar os olhos ao beijar, de não ter ternura no toque dos dedos, em que pese o amor avassalador de Rafe e Evelyn antes dele ser dado como morto. Se aplicaria ao retorno dele, quando então ela já se encontrava namorando seu amigo/irmão Danny.

Essa mesma canção foi destaque no filme TOP GUN: Ases Indomáveis. É a música que Maverick (Tom Cruise) canta no bar para Charlie (Kelly Mcgillis). Contudo, a interpretação que a tornou famosa foi do Rei do rock Elvis Presley. Para quem não sabe, as baladas foram um diferencial na carreira de Elvis.
Always on my mind ganhou o mundo como a música de encerramento do especial Elvis e eu, em que pese tenha sido gravada inicialmente por Willy Nelson. Por conter uma letra que remeteria ao relacionamento de Elvis com sua esposa Priscila, em que ele não teria lhe tratado como deveria, nem lhe amado como poderia, em que o tempo não haveria permitido, mas que mesmo assim ela não saia da sua mente, os fãs acreditaram que ele havia gravado a música como uma mensagem de arrependimento para ela.

 

Bridge Over Troubled Water é uma das mais famosas músicas do seu repertório e fala de um relacionamento findo em que ele afirma que quando você estiver aborrecida, se sentindo insignificante, quando estiver com os olhos cheios de lágrimas, eu as enxugarei. Pode contar comigo naqueles momentos difíceis em que não se encontra nenhum amigo, assim como uma ponte sobre águas turbulentas eu posso lhe amparar.

Elvis Presley era o ídolo musical da minha mãe.
No silêncio da madrugada, volto os olhos para o passado e em meio a lucubrações imagino Elvis interpretando um rasgado hino do coração partido que escutei na minha mocidade no programa de Fátima de Franco, nas madrugadas da Difusora FM. A música de César Nascimento narra a história de um casal que deixou de se amar. “Já não somos mais um par” descortina o fim do relacionamento dizendo:
“Por que assim
Como um eclipse
Nosso amor se dissipou
De madrugada na mesa de um botequim
Nem mais um copo
Peça a conta por favor
Até a luz do camarim já se apagou
As nossas vozes já não podem armonizar
Eu Raul Seixas e tu tiete de Mozart
Eu sei que é forte mas não somos mais um par “.

Quando a ficção se encontra com a realidade, resta a reflexão sobre a causa e o efeito. Sobre o motivo do fim ou a razão de um recomeço. Se restará de tudo uma boa recordação ou apenas o vazio da ausência irracional.

 

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