Em 1974 eu me mudei, juntamente com meus pais e meu irmão (minha irmã ainda não era nem projeto) da Rua 18 de novembro para a casa 12 da quadra “L” do Conjunto Ipase. Na mesma rua, porém na quadra “E”, casa 29, passaram a residir meus avós por parte de mãe Murilo de Paula Barros e Elizabete, minha tia Nailde e meu primo/irmão Durval. Eu vivia na casa deles, haja vista que minha avó era minha madrinha e foi responsável por ajudar na minha alfabetização. Foi ali, vendo meu avô pintar em sua oficina e vendo os quadros que pareciam fotografias que ficavam nas paredes (talvez por isso meu gosto por fotos) que ouvi falar, pela primeira vez, do patriarca da família, o grande artista José de Paula Barros ou simplesmente Paula Barros (1883-1926).
Hoje consigo aquilatar sua importância para a produção artística do Maranhão. Pouco tempo atrás, tive acesso ao seguinte texto:
“– Era segunda-feira, 5 de abril de 1915, um dia comum para a população da velha cidade de São Luís, a mesma rotina, o mesmo clima, a mesma paisagem. Da Praça João Lisboa era possível ouvir aquele som característico de apitos dos vapores, vindo da direção do porto, um dos locais onde a vida era mais intensa na cidade, com constantes embarques e desembarques de pessoas e produtos. Naquele dia, a rotina não era diferente, havia uma movimentação frenética de passageiros e embarcadiços transportando todo tipo de mercadorias e bagagens.
Em meio àquela agitação toda, um senhor alto, magro, bem vestido, recomendava aos embarcadiços para terem cuidado com suas bagagens. O seu nome: José de Paula Barros, ou simplesmente Paula Barros. Pintor, desenhista, decorador, arquiteto e fotógrafo. Ele acabara de chegar de Belém, no paquete Pará.”
Assim começa a narrativa do Livro “Revivescêcia: a vida e a arte dos Paula Barros ” de autoria de João Carlos Pimentel Cantanhede, a ser lançado amanhã, dia 13 de setembro, às 19h, na Sede da Academia Maranhense de Letras, local onde funcionou a escola de Desenho e Pintura José de Paula Barros.
A técnica refinada de Desenho e Pintura, aprendida em Paris, fez dele uma referência e não por acaso o levou a trabalhar na pintura do Teatro José de Alencar em Fortaleza (CE).
Em 1922 ele participou da fundação da Escola de Belas Artes do Maranhão aonde lecionava Desenho e Pintura.
Paula Barros produziu grandes obras em óleo, crayon e foto-crayon. O que mais chamava a atenção em sua obra era que suas pinturas se assemelhavam muito a fotografias.
Paula Barros foi casado por duas vezes. O primeiro relacionamento foi com Francisca Leal de Miranda, com quem teve cinco filhos homens, dentre eles meu avô Murilo, pai de minha mãe. O segundo casamento foi com sua ex-aluna Amena Varella, a qual adotou o nome artístico Amina Paula Barros, com quem teve quatro filhas, dentre elas Maria Francinetti, mãe de minha tia Lurdinha Almeida, grande incentivadora desse registro histórico sobre a origem da nossa família e seu grande legado para a produção artística maranhense. Estamos todos orgulhosos. Vamos juntos, filhos, netos, bisnetos, tataranetos e tetranetos, reviver Paula Barros.
Sou filha de José de Paula barros, neta de antonio de paula barros bisneta Francisco de Paula barros tataraneta de Valério de paula barros estado de São Paulo
Margareth
4 de novembro de 2018 at 01:17
Muito importante este livro para mim significou muito
Sérgio Muniz
4 de novembro de 2018 at 01:21
Que bom. Ficamos felizes
Fátima barros
22 de setembro de 2024 at 18:32
Sou filha de José de Paula barros, neta de antonio de paula barros bisneta Francisco de Paula barros tataraneta de Valério de paula barros estado de São Paulo
Sérgio Muniz
25 de setembro de 2024 at 00:16
Olá! Como teve acesso ao texto?