Homenagem

FLORES ETERNAS

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A história registra que nascemos de uma dissidência interna e que teria cabido ao remador Alberto Borgerth (jogador de futebol do Fluminense e remador do Flamengo) a sugestão para que fosse criado uma sessão de futebol no Clube de Regatas do Flamengo.

Como bom rubro-negro, prefiro acreditar que, a partir de então, todos nascemos rubro-negros, mas alguns se desvirtuam, afinal: ninguém é perfeito. Hehehe.

Falando sobre a final da libertadores, objeto da nossa necessária análise de hoje, creio que os flores mereceram a vitória, em que pese os equívocos que entendo que foram praticados.
Entendo que os apertos que o time sofreu no primeiro tempo deveram-se ao fato da bola pouco passar pelo craque do time que é o Paulo Henrique Ganso: no primeiro gol, em que pese com um único toque de cabeça, ele alimenta o ataque e ajuda na tabela que leva ao gol de Cano. Infelizmente foi retirado do jogo, juntamente com Marcelo (as jogadas que não passavam pelo Ganso passavam por Marcelo), para equilibrar a equipe e torná-la mais jovem (dos mais experientes saíram Ganso, Marcelo, Felipe Melo (por contusão), ficando apenas Fábio no gol).

O técnico se mostrou correto. O time pegou um gol mas soube reagir e fazer um segundo gol com a característica de oráculo, conquanto antes de entrar o treinador afirmou ao jogador que ele entraria e faria o gol do título. Assim aconteceu.

Brincadeiras a parte, por mais que o time do torcedor fosse outro (é reconhecidamente o meu caso), não tem como não ter vibrado com os gols dos flores, vez que a construção de ambas as jogadas foi muito bom de se ver.
Indiscutível que a vitória dos flores reafirma uma hegemonia iniciada por nós, mas também destaca outro trabalho de um técnico brasileiro nos últimos anos (o primeiro foi Dorival na conquista com o Flamengo). O trabalho de Diniz reafirma as linhas avançadas da equipe ofensiva (Cano fez 13 gols e John Kennedy fez 9), a recomposição imediata, a defesa sólida com cobertura constante, os alas em franca evolução pelo meio, o toque de bola treinado e a composição grupal, tudo visando a manutenção ou reconquista da bola para ataque imediato. Do Futsal da nossa época (joguei até 1996) para a conquista da libertadores, Diniz lavou a alma novamente dos amantes do bom futebol.

Do elenco tricolor, convém destacar, que Fábio teria sido a solução para o nosso gol quando deixaram de contratá-lo quando deixou o Cruzeiro; Felipe Melo teria retornado rindo para a Gávea; Cano saiu do vascaindo e teria vindo por muito menos que os bagres com os quais gastamos fortunas. Enfim, parte dessa vitória de hoje se deve, também, à incompetência da diretoria rubro-negra.

Inúmeros grandes jogadores passaram pelas laranjeiras. Paulo Vitor, Assis, Washington, Romerito, Coração de Leão, Romário, Renato Gaúcho, somente para citar alguns. Times de glórias fantástica, de vitórias memoráveis, mas nenhuma igual à conquista de hoje.

Quanto ao adversário, vou me restringir a dizer, no jargão boleiro, que foi MEIA BOCA. HEHEHE. Não poderia perder a piada. Hehehe

Hoje eu li que nem todos os dias são bons, mas que sempre tem algo de bom em todos os dias. A vitória dos flores foi o algo de bom de hoje. A reafirmação do moderno futebol sobre o burocrático.

Por mais que nos recintamos por achar que tínhamos time para estar, mais uma vez, conquistando a América, hoje precisamos ter a hombridade de dizer que sim, os flores, os pó de arroz, conquistaram a glória eterna. Que tenhamos competência para reformular o nosso elenco e recuperar o nosso espaço. Que 2024 seja rubro-negro.

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