O grande tema do momento, explorado à exaustão pela Rede Globo e pelos parlamentares de oposição ao Governo Temer é a indicação de Torquato Jardim para Ministro da Justiça e a possibilidade dele mudar a chefia da Polícia Federal.
Incansavelmente se repete aos quatro cantos que a mudança no Ministério da Justiça é para freiar a lava-jato e que o novo Ministro vai mudar o comando da Polícia Federal, prejudicando as investigações.
Quanta baboseira.
O Presidente mudou o Ministro por não estar, em tese, satisfeito com o desempenho do antecessor e por esperar uma conduta mais pró-ativa do Ministro, notadamente na interlocução com o Poder Judiciário. É o mínimo que se pode esperar de alguém que esteja a frente dessa importante pasta.
No que pertine ao Comandante da Polícia Federal, me desculpem a sinceridade, mas quem se opõe à substituição sob o argumento de freio da lava-jato é um irresponsável de carteirinha.
O ordenamento jurídico prevê que alguns cargos, notadamente de chefia, no organograma administrativo de inúmeros órgãos, são cargos em comissão, de confiança, e seu ocupante é demissível ad nutum, a qualquer momento.
O cargo de Chefe ou Comandante da Polícia Federal é um cargo comissionado, senhores. Simples assim. Nada tem a ver com freio à lava-jato.
Fui claro ou será que será preciso produzir um desenho para que vossas senhorias entendam?
Tenham mais responsabilidade com o que dizem ou escrevem. Jogar o povo ou os intocáveis contra os governantes não parece ser a melhor saída.
Afinal, corre (m) o sério risco de parecer (em) ser só mais um ou uns idiota (s) útil (eis).
Assim e para não deixar a chance de não entenderem, vou repetir.
O cargo é comissionado, senhores.
