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São Luís do Maranhão: 405 anos de beleza e alegria

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Após o descobrimento do Brasil, em 1500, as novas terras ficaram abandonadas por longo período, tempo suficiente para despertar a cobiça de quem nelas via grande potencial, inclusive pela proximidade náutica com os grandes centros de outrora, o que facilitaria o comércio marítimo. O então ponto de apoio para piratas passou a ser visto pela França como uma possibilidade real de fixação, razão pela qual de lá se destacaram em 3 (três) naus e 500 (quinhentos) homens, sob o comando de Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, para aqui fundar a França Equinocial, fato que se deu com a Construção do Forte de Saint Louis (assim nomeado em homenagem ao Rei menino Luis XIII) e a realização de uma missa em frente a um grande crucifixo na data de 8 de setembro de 1612.

Em 1614, uma expedição portuguesa sob o comando de Jerônimo de Albuquerque chega ao Brasil e se instala na foz do Rio Munim, em Icatu (segunda cidade do Maranhão) e edifica o Forte de Santa Maria, no sitio Guaxenduba. Informado sobre a presença portuguesa, Daniel de La Touche sai em batalha para expulsá-los, mas é derrotado na batalha de Guaxenduba. Segundo relata a história, estando em desvantagem numérica, os portugueses oraram por Nossa Senhora da Vitória, a qual lhes socorreu transformando areia em pólvora e seixos em balas, o que lhes garantiu a vitória.

Após a expulsão definitiva dos franceses, para cá vieram os holandeses, os quais pretendiam ampliar o cultivo de cana de açúcar. Instalaram-se no Maranhão e em Pernambuco. Aqui aportaram em 1641 com 2 (dois) mil homens e saquearam a Vila. Posteriormente foram expulsos pelos colonos liderados por Antônio Teixeira de Melo, o qual sucedera nosso antepassado Antônio Muniz Barreiros no comando dos revoltosos, os quais se juntaram aos portugueses na luta pela hegemonia Luso. Retomava-se, assim, em 1944, o comando português no Maranhão.

 

Um grande ciclo de crescimento se deu a partir daí. A Vila se tornou a Cidade Capital do Maranhão, que com seus centenários casarões de arquitetura colonial portuguesa recobertos por belíssimos azulejos, é hoje patrimônio histórico e cultural da humanidade.

 

A bela cidade de lendas e mistérios, de rica cultura, arquitetura e culinária espetacular, foi desenhada, cantada e retratada por incontáveis artistas, ébrios também por sua beleza natural singular. Assim, nesta semana em que se comemora os 405 (quatrocentos e cinco) anos de sua fundação, colho alguns fragmentos para prestar também a minha homenagem.

Assim, “todo mundo canta sua terra, eu também vou cantar a minha, modéstia à parte seu moço, minha terra é uma belezinha”.

“Que ilha bela, que linda tela conheci”. São Luís encanta por suas cores, danças, músicas, sabores. Por suas praças, por suas praias. “Na lua cheia Ponta da areia minha sereia dança feliz, e brilham sobrados, brilham telhados da minha linda São Luís”.

Tantas pinturas  e palavras retrataram tua essência. “Quero ler nas ruas, fontes, cantarias, torres e mirantes, igrejas, sobrados, nas lentas ladeiras que sobem angústias, sonhos do futuro, glórias do passado.”

Os sons dos tambores que ecoam nas rodas do teu famoso tambor de crioula ou do teu bumba meu boi atraem pessoas pro teu lindo bailar.

“São Luís, cidade dos azuleijos, Juro que nunca te vejo longe do meu coração, porque tu és, a ilha mais maravilhosa, e cada vez mais formosa, Capital do Maranhão. Somos felizes porque tu és um pedaço do Brasil, a terra desse povo varonil, és o orgulho de nossa nação”.

 

A ilha dos amores está em festa. Cumpre a todos nós, ludovicenses, demonstrar nosso carinho.

 

“Minha terra tem palmeiras aonde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá.”

Feliz aniversário, São Luís do Maranhão.

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