Desde muito novo, não sei se por curiosidade ou por discordar de certas coisas que via, eu me interessei pela política. Observador atento, procurava me informar sobre os vários assuntos em pauta e procurava me posicionar sempre que possível, afinal, é a omissão que favorece a ascensão daqueles que não possuem qualificação para ocupar a função de representante do povo, nos termos da Constituição.
Assim que se iniciou a atual crise política no Brasil com a delação dos executivos da Odebrecht e da J & F, controladora da Friboi e outras grandes empresas, este blog procurou a acompanhar o desenrolar dos fatos e analisar a situação sobre o prisma político e jurídico, o fazendo tanto durante o julgamento da chapa Dilma/Temer junto ao Tribunal Superior Eleitoral (quando então antecipei o resultado dois dias antes da conclusão do julgamento), quanto na deliberação parlamentar sobre o processamento do Presidente Temer junto ao Supremo Tribunal Federal, seja na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (afirmei que o Presidente venceria ali) ou no Plenário daquela Casa Legislativa.
Como é do conhecimento de todos, a Câmara Federal se reuniu hoje para que seu Plenário decidisse se aprovaria o Relatório do Deputado Federal do PSDB de Minas Gerais Paulo Abi-Ackel não autorizando o processamento do Presidente ou se o rejeitaria, fazendo com que o Presidente fosse processado. Para a configuração dessa última hipótese seriam necessários 342 (trezentos e quarenta e dois) votos não. Para vetar o avanço do processo seriam necessários 172 (cento e setenta e dois) votos sim, sendo de grande importância a contabilização dos ausentes e das abstenções, uma vez que retiravam votos da oposição. Coube à Deputada Rosangela Gomes do PRB do Rio de Janeiro dar o voto que enterrou temporariamente as pretensões do Eliott Ness Tupiniquim e da oposição. Terão que esperar o fim do mandato do Presidente para que a denúncia seja analisada pelo STF.
O certo é que a autorização para o processamento não passou e que o País continuará a se recuperar, fortalecendo a sua economia, conquistando a estabilidade e retomando o crescimento com as reformas necessárias para a geração de emprego e renda. Chega de crise.
Na tarde de hoje, em conversa por whatsapp com o parlamentar maranhense Hildo Rocha, após questioná-lo sobre o seu palpite sobre a vitória do Presidente (ele afirmava que o Relatório teria 260 (duzentos e sessenta) votos sim – teve 263 (duzentos e sessenta e três)), eu afirmei que achava que seriam 285 (duzentos e oitenta e cinco), entre votos sim, ausências e abstenções. Deu 284 (duzentos e oitenta e quatro). Chegamos perto. Hehehe.
Infelizmente, chutamos na trave. Foi por pouco (que não acertamos, é claro). Hehehe.