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Variedades

A número 1

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Durante a década de 90, um comercial alavancou as vendas de uma marca de cervejas consolidando-a como a líder de mercado. Ele foi produzido pela agência Fischer. Era o “Brahma Chopp, a número 1”.

Ser o número 1 nunca foi pra mim uma ambição, talvez até por isso tenha jogado futebol boa parte da minha vida esportiva com o número 12, mesmo tendo me destacado tanto ao ponto de me tornar o melhor goleiro estudantil do Brasil no ano de 1987. O mais importante pra mim sempre foi fazer tudo com muito amor e afinco pois todo o destaque vem decorrente do esforço.

Tive oportunidade de contar aqui a trajetória de vida do meu pai, enfatizando que foi a partir de sua dedicação aos estudos que conseguiu vencer, chegando inclusive a ser aprovado em primeiro lugar para o curso de Direito. Foi na crônica O menino da ferrovia.

No ano passado, contei pra vocês, ainda no meu Facebook, da minha emoção em levar, pela primeira vez, a minha filha Vanessa para fazer seu primeiro ENEM, aos 15 (quinze anos), como teste preparatório e narrei também sua excelente nota na redação daquele seletivo, aonde ela obteve 900 pontos. Destaquei que, do carro, eu a vi entrar na escola para se submeter ao exame, decidida, dando o primeiro passo rumo ao seu destino.

Tudo isso se repetiu a duas semanas. Novamente lá estava eu conduzindo-a para novo vestibular, desta feita na Uniceuma, instituição que me é tão querida ao ponto de a ela ter dedicado uma crônica intitulada Distribuindo conhecimento. Hoje saiu o resultado. Ela foi aprovada. Aos 15 (quinze) anos (ela faz 16 (dezesseis) apenas em 01 de agosto), minha filha Vanessa Carolina foi aprovada em primeiro lugar para Direito Vespertino no vestibular tradicional da Uniceuma, Campus Renascença. Não tenho como esconder o invulgar orgulho que sinto pela minha menina, bem como foi inevitável o filme que passou em minha mente.

Sim, filhinha. Esta crônica é pra você. Queria que soubesses o quanto você nos emociona desde o dia do teu nascimento. Viver tua vida e acompanhar teus avanços tem sido a nossa própria vida. Desde o dia em que abriste os teus lindos olhos negros que te amamos incondicionalmente. Estivemos contigo em teus primeiros passos e te ajudamos a levantar na tua primeira queda. Te pegamos no colo e sentamos juntos para assistir teus desenhos preferidos. Te levamos pela primeira vez na escola e ficamos escondidos, chorando, no teu primeiro dia de aula. Enfim, a cada novo passo, a cada nova vitória, estávamos lá, teus pais, ao teu lado. Espero que possamos estar ainda por um longo tempo contigo.

Neste dia tão especial pra você, querida filha, só tenho a agradecer a Deus pela pessoa especial que você é. A nossa menina cresceu. A nossa campeã venceu. Ela é e sempre será a nossa número 1.

 

 

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Homenagem

Eu não passei para o outro lado do caminho

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Eu tinha pouco mais de vinte anos completos quando o mundo foi surpreendido pelo lançamento de Ghost: do outro lado da vida. O filme conta a estória de amor de Sam, personagem do saudoso ator Patrick Swayze, um bancário que viria a ser assassinado sem querer (o objetivo era roubar sua carteira para recuperar senhas bancárias) a mando de seu melhor amigo Carl (Tony Goldwyn), para que aquele não descobrisse as ilegalidades que este vinha praticando no Banco, e Molly (uma ceramista vivida por Demi Moore). Sam inicialmente se recusa a seguir a luz divina, somente aceitando seu destino após salvar a vida de seu grande amor, a qual se encontrava ameaçada por Carl e o pelo marginal Willie. A partida de Sam rumo ao plano superior é uma das cenas mais marcantes da história do cinema, a qual é embalada pela música Unchained Melody, belíssimamente interpretada por Bobby Hatfield. Quem também gravou essa música foi o inesquecível Elvis Presley.

Indiscutível que a partida, salvo em raríssimas exceções, nunca é aguardada e ao nos depararmos com situações em que ela pode ocorrer a qualquer momento, ficamos na incerteza do que acontecerá. Foi o que aconteceu comigo no início deste mês de abril.
Já tem algum tempo que sofro de inflamações recorrentes no divertículo. Nunca precisei operar e sempre controlei a situação com o protocolo e medicamentos que me foram passados pelo meu Gastro, Dr. Glayton. Ocorre que desde o Carnaval, tive uma crise de salmonela ao comer camarão seco com Jussara e em seguida tive uma crise de diverticulite (foi a doença que levou o ex-Presidente Tancredo Neves a uma cirurgia onde contraiu uma bactéria que acabou por lhe levar a óbito), ambas curadas com os medicamentos apropriados.
Ocorre que desde o final de março comecei a apresentar os mesmos sintomas da diverticulite (diarreia, arrotos constantes, calafrios e dor no lado esquerdo da barriga), passando então a adotar o protocolo de tratamento, sendo que desta feita sem êxito. No dia primeiro de abril assumi em apoio a um amigo a defesa de uma pré-candidata da região tocantina, elaborando peças e reunindo várias vezes a partir de então. Na quarta-feira a noite dei aula, já com dificuldade, na Universidade Ceuma e quinta-feira pela manhã despachei com o Desembargador prevento para analisar o pleito, já ali comparecendo suando frio e com dificuldade para andar e respirar. Lembro de ter comentado com ele que naquele mesmo dia iria ao hospital e que tinha certeza de que seria internado. Assim ocorreu.
Ao chegar no Hospital São Domingos fui submetido a uma tomografia com contraste venoso que não detectou diverticulite, mas apontou uma possível perfuração tamponada do intestino e uma inflamação em parte do intestinodelgado. Fui internado de imediato. Convocados dois especialistas, decidiram pela realização de uma segunda tomografia, desta vez com contraste oral, para verificar se estava havendo vazamento pela perfuração. Não estava. Contudo, entre a primeira e a segunda tomografia constataram um crescimento acelerado da inflação e decidiram que eu deveria ser submetido a uma cirurgia por vídeolaparoscopia, no que anui de plano. Foi a melhor decisão que tomei nos últimos anos. Dificil foi ir para o centro cirúrgico achando que poderia não voltar mais. A incerteza do que virá desestrutura qualquer um. Lembro que enquanto era levado de cadeira de rodas para a cirurgia, estando a setenta e duas horas em dieta líquida, só conseguia pensar na minha família, no que o destino reservaria para os meus filhos ante minha eventual ausência, e os pensamentos eram embaladas pela música epitáfio que tanto sucesso fez quando gravada pela Banda Titãs. Quanta solidão nesse momento!

Ao afastar o intestino no local  em que eu sentia as dores encontraram uma região necrosada banhada em secreção purulenta, o que levou o cirurgião a retirar 20 cm do meu intestino delgado. Se eu demorasse mais um dia para procurar o hospital poderia ter entrado em quadro de sepse e ido a óbito.
Graças à perícia do Dr. Marcelo Lima Rocha e equipe estou me recuperando bem. Em que pese o desconforto que venho sentindo desde a última quinta-feira (já estou medicado) e os catorze quilos mais magro, clinicamente estou indo bem. Dia seis de maio terei minha última consulta de retorno para uma alta definitiva. Os exames de sangue mostram que estou no caminho certo.
Resolvi escrever esse texto para que todos os meus amigos que se surpreendem ao saber de tudo o que passei possam ter a certeza de que o melhor caminho para tratar uma dor ou mal estar é o hospital e não a automedicação. Mesmo sendo na mesma região, a dor que eu estava sentido tinha natureza completamente diversa da que eu imaginava. A decisão correta e tempestiva de procurar auxílio médico pode ser a diferença entre viver e passar para o outro lado do caminho.

Escolhi permanecer aqui e me foi permitido. Ainda não completei a minha missão neste plano. Ainda não chegou a minha vez de caminhar na direção da luz.

Enfim, sobrevivi.

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Homenagem

UM SILENCIOSO “EU TE AMO”

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O livro sagrado registra as sete alianças de Deus com a humanidade. Foram elas a Aliança com Adão, com Noé, com Abraão, com Moisés, com Davi, com o povo de Israel e a aliança através de seu filho Jesus. Para Adão e Eva Deus deu o paraíso e tudo o que nele se encontrava, só não poderiam comer da árvore do bem e do mal. Após ver em que os homens haviam se transformado e o pecado em suas ações, Deus mandou o dilúvio para por fim a tudo de ruim que havia na terra, salvando, contudo, Noé, seus familiares e um casal de cada animal existente. Deu-lhe uma segunda chance e determinou que Noé e sua família voltassem a povoar a terra, firmando com ele a aliança de que nunca mais um dilúvio ceifaria todas as vidas da terra e deu aos homens o arco-íris para lembrar a todos do afirmado. Com Abraão firmou o pacto de que lhe daria um filho, Isaac, de quem descenderia Jacó e de seus filhos Israel. Abençoou o outro filho que tivera com Agar, a serva de Sarah, Ismael, dele descendendo os demais Árabes, contudo a aliança foi firmada em torno de Isaac, que seria o pai do povo escolhido por Deus. Para tanto toda criança do sexo masculino deveria ser circuncidado até completar oito anos de idade. Com Moisés e o Povo de Israel firmou a aliança de dar-lhes as duas tábuas com os dez mandamentos e que o conhecimento sobre Deus deveria ser mantido até que se concretizasse a aliança de Deus com Abraão de que de sua descendência em Isaac sairia o povo de Deus, Israel, e o Messias. Esta é conhecida como A ANTIGA ALIANÇA.Com Davi pactuou que o seu trono seria para sempre e que de sua linhagem (era da mesma descendência de Abraão, de Isaac e de Jacó) viria o Messias (reafirmação da de Abraão). A sétima foi a aliança através de seu filho Jesus.
Está escrito que desde Abraão Deus enviaria um Messias, a quem caberia a salvação do mundo. Jesus nasceu para que fosse cumprida a promessa de Deus. Ao longo dos anos e com o julgo Romano, o povo clamava pela vinda do Messias, haja vista que o sofrimento era grande. Moisés havia retirado o povo Hebreu da escravidão no Egito, mas nunca chegou à terra prometida porque havia desagradado ao Senhor. Coube a Josué, seu sucessor, conduzir o povo à terra de onde emanava leite e mel. Anos se passaram até que se chegasse ao tempo de um certo Galileu.

Nada foi por acaso. Jesus nasceu de uma virgem concebida sem pecado e desde jovem mostrou-se um prodígio a atrair a atenção de todos. Seu ministério, contudo, foi iniciado após sua passagem pelo deserto. Somente então, após ser batizado por João Batista, começou sua caminhada de pregação e milagres. Chegou a Jerusalém na Páscoa cristã, quando se comemorava o fim do cativeiro do Egito e adentrou a cidade, consoante estava escrito, montado em um jumento, para demonstrar humildade. Despertou ciúmes e temor nos religiosos da época, notadamente após ressuscitar seu amigo Lázaro. Até o momento de sua entrada triunfal na cidade sagrada, restringiu-se a divulgar a palavra de Deus e semear o amor.

Os desígnios de Deus foram cumpridos à risca. Da traição por Judas (ou seria um ato instrumental?) à negação por Pedro, tudo se cumpriu como havia sido dito. Contudo, o que mais chama a atenção na Paixão de Cristo, antes da crucificação e ressurreição, é a sétima aliança proclamada na quinta-feira da paixão durante a Santa Ceia quando, modificando o simbologismo do pão e do vinho, Jesus os toma em suas mãos e os dá a seus discípulos dizendo: Tomai e comei. Este é o meu corpo que é entregue por vós. Tomai e bebei. Este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que é dado por vós pela remissão dos pecados. Fazei isso em memória de mim.

Preso e torturado para que de sua dor e sangue se cumprisse a libertação, foi crucificado entre ladrões para dar mostras de que o puro não se mistura mesmo estando no meio do mau e que se tiver fé e crer, ainda que na morte, é possível encontrar a salvação. Ele ressuscitou ao terceiro dia consoante estava previsto nas escrituras, deixando no mundo o histórico de amor ao próximo e que se você acreditar em Deus e que arrependido o procure, suas preces serão atendidas.

Na sexta-feira da paixão, muitas famílias se reúnem para agradecer ao sacrifício do Cordeiro de Deus e para reafirmar obediência as suas leis. Quanto aos ovos de chocolate, são distribuídos na sexta-feira para serem consumidos no domingo, quando o cálice amargo da dor é substituído pela alegria, doçura e comemoração da ressurreição.

Jesus Cristo vive entre nós. No silêncio dos pensamentos, na alegria dos momentos felizes de reunião com amigos, familiares e até mesmo na dor da solidão. Quando estiver precisando de força para continuar lutando, volta os olhos para o passado e enxerga na paixão a solução dos teus problemas. Ele morreu pela remissão dos pecados e sem dizer uma única palavra, disse o maior e mais eloquente “Eu Te Amo” da história. Lembra-te de que, se tiverdes fé, ainda que embaixo de uma pedra, lá ele estará para te levantar, ainda que o mundo te fizer cair.

FELIZ PÁSCOA.

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Homenagem

DESISTIR? JAMAIS.

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Eu estava chegando aos 15 anos de idade quando, caminhando pela rua grande em São Luís do Maranhão, juntamente com meu amigo Sandro Suzart dos Santos, recebi um panfleto que fazia propaganda da Escola Preparatória de Cadetes do Ar-EPCAR. Ficamos alucinados com a perspectiva de nos tornarmos pilotos de caça da aeronáutica.
Adolescentes que éramos, forjando nosso caráter e definindo rumos de futuro, imaginamos ser aquele um grande caminho a seguir, o que foi potencializado pela informação, trazida por Sandro, de que estava sendo gravado um filme sobre pilotos de caça e que seria lançado em breve. Era TOP GUN: Ases Indomáveis. Estrelado por Tom Cruise (Maverick) e Kelly Mcgillis (Charlie), tinha no elenco ainda, dentre outros, Val Kilmer (Ice Man). Foi um estrondo. Aquele filme marcou a nossa adolescência, notadamente por mostrar que, mesmo vivenciando o maior infortúnio, é possível dar a volta por cima e mostrar o seu valor.

Não prestei o seletivo para a EPCAR. O Futebol de Salão me apontou outro norte e minha inclinação por defender quem precisava fez de mim advogado. Diferente de mim, Sandro seguiu a carreira militar. Não se tornou piloto, mas mecânico de jatos da aeronáutica. Morou fora muitos anos e quando desejou retornar, acabei por ajudá-lo, juntamente com nosso amigo Clóvis Fecury. Ele acabou por se aposentar ainda jovem e decidiu fazer o curso de Direito, sendo hoje advogado como eu.
Lembrei de tudo isso hoje quando assistia, pela décima quinta vez, TOP GUN: Maverick. O filme conta a história de um aviador naval que, mesmo sendo uma lenda, encontra oposição na Marinha e, não fosse a proteção do seu amigo Ice Man (Val Kilmer), então Comandante da Esquadra do Pacífico, já teria sido impedido de voar. Eis o quanto é importante ter um amigo para lhe estender a mão. Chamado a treinar pilotos para uma missão dificílima, acaba por liderá-los e completando a tarefa. No elenco, como seu par romântico, está a belíssima Jennifer Connelly, a qual conheci como atriz em “Uma mente brilhante”. Maverick fez os aeronautas acreditarem que era possível completar a missão com êxito e voltar para casa em segurança. Desistir nunca foi uma opção.

Próximo de completar cinquenta e quatro anos, decidi completar o Curso de Mestrado Profissional em Direito e Afirmação de Vulneráveis da Universidade Ceuma. Fui o primeiro professor do quadro de professores a acreditar, cursar e completar o curso. Quase desisti. Incontáveis problemas de saúde quase me fizeram abandonar. Contudo, mesmo já não sendo nenhum menino, encontrei forças para completar o curso. No dia da defesa da minha dissertação, um momento singular da minha vida, lá estava ele, meu amigo do Colégio Dom Bosco do Maranhão, Sandro Suzart dos Santos.
Não nos tornamos pilotos de caça. Quis o destino que nos tornássemos advogados. Espero que ele faça o mestrado também. De tudo uma certeza: jovens ou de alguma idade, o importante é acreditar no sonho. Se no filme desistir não era opção, aqui não é e nunca será. Temos no corpo a fibra do lutador e na mente a certeza de que é possível vencer. Espero estar ao seu lado na sua próxima vitória, meu amigo, assim como você esteve na minha.

Muito obrigado pela amizade sincera, de trinta e cinco anos, ou mais. Acreditar sempre. Desistir? jamais.

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