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Variedades

A luz de Caremú

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Sempre que alguém perguntava sua origem ele respondia com aquele humor fino que lhe era peculiar: sou francês, nascido em Caremú, próximo de Paris, a cidade luz. Meu nome é Louis Carlú, mas em português ficou Luís Carlos. Caia na gargalhada. Era de Carema, distrito do município de Santa Rita no Estado do Maranhão, Brasil.

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Tinha uma alegria contagiante. No rosto sempre um sorriso largo e na mente um objetivo único que era fazer o bem. Com ele construiu seu projeto de vida. Formou-se médico. Queria tratar as pessoas, salvar vidas. Lembro bem como tudo começou.

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Desde muito novo se mostrou focado naquilo que queria fazer. Adolescente, me buscava em casa quando eu ainda tinha 8 (oito) anos para treinar Karatê com o professor Murilo Pinheiro na Academia Kawamura da Rua do Egito. Já gostava de esportes. Pouco tempo depois foi aprovado em Medicina. Tinha tanta luz que fazendo residência em São Paulo apareceu em rede nacional no jornal da Globo por ter atendido num plantão um jogador agredido com um chute na região genital. Especializou-se em urologia. Era um grande cirurgião. De volta ao Maranhão, tornou-se um dos sócios do urocentro, da DOM e do HCI. Atendia também pacientes no Hospital Aldenora Belo, em Santa Rita, Palmeirandia e em Bom Jardim que ele chamava de Good Garden. Virou pecuarista em Bacabal. Tornou-se uma referência em nossas vidas. Em sua cidade natal era extremamente querido, amado por uma infinidade de velhinhos que ele cuidava com todo desvelo. Salvou a vida de inúmeros. Orientava sobre o câncer de próstata, de pênis, etc. Ajudou a salvar a vida do meu filho ao me orientar quanto a quem recorrer em São Paulo.

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Ano passado, descobriu ser ele portador de um câncer raro. Com entusiasmo e esperança se lançou em busca da cura. Era forte, esportista, jogava squash, tênis, fazia ciclismo. Poucos tinham conhecimento. Eu sabia, mas respeitei o seu silêncio. O tratamento foi coberto de êxito. Para agradecer, saiu em peregrinação com irmãos e primos rumo a São José de Ribamar. Não atingiu seu objetivo. A caminhada foi interrompida por um freio brusco na chuva. Um homem alcoolizado conduzia um veículo em alta velocidade. Perdeu o controle do carro e atingiu meu primo tão querido retirando-lhe a vida. Meu Deus, quanta dor!

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Em julho de 2017, durante o festejo do Sagrado Coração de Jesus na nossa querida Carema, tive a oportunidade de dizer a ele o quanto ele nos orgulhava por tudo que era: primo querido, pai amoroso, irmão protetor, filho amado, médico de tantos, salvador de muitos e um empresário de sucesso. Difícil será nosso reencontro familiar anual no mês de julho sem a sua presença. Já não teremos mais seu rosto amigo de sorriso largo e o abraço afetuoso. Ele era um ser de luz. Um homem do bem. A luz de Caremu vai agora brilhar no céu, auxiliando nosso Deus que certamente estava precisando muito de suas habilidades.

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Descanse em paz Luís Carlos Muniz Cantanhede. Sua luz brilhará para sempre em nossos corações. 

14 Comments

14 Comments

  1. Micheline

    25 de março de 2018 at 23:21

    Lindas palavras,Deus lhe conceda descanso eterno🙏🙏🙏

  2. Janaina Muniz

    26 de março de 2018 at 08:04

    Linda homenagem a essa pessoa do bem, grande médico, alegre e amigo. Um ser fantástico que fazia o bem por onde passava.
    Irreparável perda para os que aqui ficam.
    Que o Deus que o recebe em Sua Santa casa console os coracões da multidão que o amava.

  3. Rogério Presoti

    26 de março de 2018 at 10:23

    A Luz da humanidade, está em seres, escolhidos por Deus, e inseridos no planeta, sob a forma de homens e mulheres, misturados e disfarçados de gente, fazendo o trabalho Divino de Cuidar. Cuidar para que o Amor prevaleça, para que a bondade seja a referência de comportamento, para que o exemplo vire cotidiano. Nestes casos, as asas externas não são necessárias. Casa ser, indistintamente, tem em seu interior, todas as capacidades para a angelicalidade, a diferença maior é que eles buscam a felicidade alheia, tornando isso, projetos não só de uma vida, mas, de todas as vidas, concedidas Pelo Criador, abençoadas pelo próprio Amor. Ao se desligar da carne, seu legado permanece, sua energia, continuará nos corações, sua lembrança, continuará na forma de saudade, nos corações que por tanta sorte, tiveram a possibilidade de serem alvos de sua eterna presença. Que não haja choro, que não haja tristeza, mas, que suas palavras, seus pensamentos, suas atitudes, sejam replicadas em cada gesto, perpetuando seu breve e intenso trabalho entre nós. Que viva sua vontade em cada um de nós.

  4. Ala Ila

    26 de março de 2018 at 23:40

    Bela e justa homenagem!
    Verdadeiramente um ser de luz!

  5. rosa maria mineiro souza

    27 de março de 2018 at 22:50

    Deus certamente estava precisando muito dele,cumpriu seu papel aqui na terra,mesmo agente não entendendo,pois somos humanos sempre queremos mais um pouco a presença de quem amamos principalmente quando é um ser que ilumina nossa vida,tenho certeza que por onde ele andou fez boas amizades,vai deixar saudades,más quando Deus precisa ele leva e agente não entende,mas ele nos conforta,uma pessoa com esse sorriso,esse jeito de anjo iluminado,uma pessoa que você olha pra ele e diz esse homem é do bem,nunca vai ser esquecido.Deus ama sua família por isso levou a pedra precisa que ele havia emprestado pra vocês.Deus continue abençoado,e confortando os corações de toda a familia,desse grande HOMEM!

  6. Giovanna Belo

    28 de março de 2018 at 14:43

    Que bela homenagem! Nosso Luisinho era tudo isso e muito mais. Eu tive o prazer de sua companhia não somente como colega de profissão, mas principalmente como amigo carinhoso que tanto soube ser. E como tal, tive a sorte de me sentir abraçada por ele e por seu mais que irmão Dadão em meio ao meu caos. Ainda não consegui me habituar à essa perda tão precoce. Espero que ele já não sofra mais e esteja contemplando a luz do Pai.
    Que Ele te acolha como você acolheu a muitos, inclusive a mim, Luisinho querido. Seu sorriso será sempre uma fonte de calor e alegria para o meu coração. A gente se encontra.

  7. Anônimo

    31 de março de 2018 at 21:25

    Excelente texto. Merecida homenagem a tão valoroso homem que é Dr. Luiz Carlos, que sempre estará presente na memória de muitos que puderam provar da sua natural simpatia e cordialidade.

  8. Rouziana Vanderley

    31 de março de 2018 at 21:30

    Excelente texto. Merecida homenagem a tão valoroso homem que é Dr. Luiz Carlos, que sempre estará presente na memória de muitos que puderam provar da sua natural simpatia e cordialidade.

  9. Webert

    19 de agosto de 2018 at 18:03

    Sou extremamente orgulhoso em ter primos dotados de extrema inteligência. Este texto escrito por Dr. Sérgio Muniz, meu primo, homenageando o nosso primo Luiz Carlos Muniz, que de forma absurda lhe foi tirado a vida por um irresponsável alcoolizado, é apenas para que a sociedade maranhense tome conhecimento da grande perda do profissional e da pessoa humana que era Luiz Carlos. Parabéns meu primo por tão linda homenagem.

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Homenagem

UM SILENCIOSO “EU TE AMO”

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O livro sagrado registra as sete alianças de Deus com a humanidade. Foram elas a Aliança com Adão, com Noé, com Abraão, com Moisés, com Davi, com o povo de Israel e a aliança através de seu filho Jesus. Para Adão e Eva Deus deu o paraíso e tudo o que nele se encontrava, só não poderiam comer da árvore do bem e do mal. Após ver em que os homens haviam se transformado e o pecado em suas ações, Deus mandou o dilúvio para por fim a tudo de ruim que havia na terra, salvando, contudo, Noé, seus familiares e um casal de cada animal existente. Deu-lhe uma segunda chance e determinou que Noé e sua família voltassem a povoar a terra, firmando com ele a aliança de que nunca mais um dilúvio ceifaria todas as vidas da terra e deu aos homens o arco-íris para lembrar a todos do afirmado. Com Abraão firmou o pacto de que lhe daria um filho, Isaac, de quem descenderia Jacó e de seus filhos Israel. Abençoou o outro filho que tivera com Agar, a serva de Sarah, Ismael, dele descendendo os demais Árabes, contudo a aliança foi firmada em torno de Isaac, que seria o pai do povo escolhido por Deus. Para tanto toda criança do sexo masculino deveria ser circuncidado até completar oito anos de idade. Com Moisés e o Povo de Israel firmou a aliança de dar-lhes as duas tábuas com os dez mandamentos e que o conhecimento sobre Deus deveria ser mantido até que se concretizasse a aliança de Deus com Abraão de que de sua descendência em Isaac sairia o povo de Deus, Israel, e o Messias. Esta é conhecida como A ANTIGA ALIANÇA.Com Davi pactuou que o seu trono seria para sempre e que de sua linhagem (era da mesma descendência de Abraão, de Isaac e de Jacó) viria o Messias (reafirmação da de Abraão). A sétima foi a aliança através de seu filho Jesus.
Está escrito que desde Abraão Deus enviaria um Messias, a quem caberia a salvação do mundo. Jesus nasceu para que fosse cumprida a promessa de Deus. Ao longo dos anos e com o julgo Romano, o povo clamava pela vinda do Messias, haja vista que o sofrimento era grande. Moisés havia retirado o povo Hebreu da escravidão no Egito, mas nunca chegou à terra prometida porque havia desagradado ao Senhor. Coube a Josué, seu sucessor, conduzir o povo à terra de onde emanava leite e mel. Anos se passaram até que se chegasse ao tempo de um certo Galileu.

Nada foi por acaso. Jesus nasceu de uma virgem concebida sem pecado e desde jovem mostrou-se um prodígio a atrair a atenção de todos. Seu ministério, contudo, foi iniciado após sua passagem pelo deserto. Somente então, após ser batizado por João Batista, começou sua caminhada de pregação e milagres. Chegou a Jerusalém na Páscoa cristã, quando se comemorava o fim do cativeiro do Egito e adentrou a cidade, consoante estava escrito, montado em um jumento, para demonstrar humildade. Despertou ciúmes e temor nos religiosos da época, notadamente após ressuscitar seu amigo Lázaro. Até o momento de sua entrada triunfal na cidade sagrada, restringiu-se a divulgar a palavra de Deus e semear o amor.

Os desígnios de Deus foram cumpridos à risca. Da traição por Judas (ou seria um ato instrumental?) à negação por Pedro, tudo se cumpriu como havia sido dito. Contudo, o que mais chama a atenção na Paixão de Cristo, antes da crucificação e ressurreição, é a sétima aliança proclamada na quinta-feira da paixão durante a Santa Ceia quando, modificando o simbologismo do pão e do vinho, Jesus os toma em suas mãos e os dá a seus discípulos dizendo: Tomai e comei. Este é o meu corpo que é entregue por vós. Tomai e bebei. Este é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que é dado por vós pela remissão dos pecados. Fazei isso em memória de mim.

Preso e torturado para que de sua dor e sangue se cumprisse a libertação, foi crucificado entre ladrões para dar mostras de que o puro não se mistura mesmo estando no meio do mau e que se tiver fé e crer, ainda que na morte, é possível encontrar a salvação. Ele ressuscitou ao terceiro dia consoante estava previsto nas escrituras, deixando no mundo o histórico de amor ao próximo e que se você acreditar em Deus e que arrependido o procure, suas preces serão atendidas.

Na sexta-feira da paixão, muitas famílias se reúnem para agradecer ao sacrifício do Cordeiro de Deus e para reafirmar obediência as suas leis. Quanto aos ovos de chocolate, são distribuídos na sexta-feira para serem consumidos no domingo, quando o cálice amargo da dor é substituído pela alegria, doçura e comemoração da ressurreição.

Jesus Cristo vive entre nós. No silêncio dos pensamentos, na alegria dos momentos felizes de reunião com amigos, familiares e até mesmo na dor da solidão. Quando estiver precisando de força para continuar lutando, volta os olhos para o passado e enxerga na paixão a solução dos teus problemas. Ele morreu pela remissão dos pecados e sem dizer uma única palavra, disse o maior e mais eloquente “Eu Te Amo” da história. Lembra-te de que, se tiverdes fé, ainda que embaixo de uma pedra, lá ele estará para te levantar, ainda que o mundo te fizer cair.

FELIZ PÁSCOA.

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Homenagem

DESISTIR? JAMAIS.

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Eu estava chegando aos 15 anos de idade quando, caminhando pela rua grande em São Luís do Maranhão, juntamente com meu amigo Sandro Suzart dos Santos, recebi um panfleto que fazia propaganda da Escola Preparatória de Cadetes do Ar-EPCAR. Ficamos alucinados com a perspectiva de nos tornarmos pilotos de caça da aeronáutica.
Adolescentes que éramos, forjando nosso caráter e definindo rumos de futuro, imaginamos ser aquele um grande caminho a seguir, o que foi potencializado pela informação, trazida por Sandro, de que estava sendo gravado um filme sobre pilotos de caça e que seria lançado em breve. Era TOP GUN: Ases Indomáveis. Estrelado por Tom Cruise (Maverick) e Kelly Mcgillis (Charlie), tinha no elenco ainda, dentre outros, Val Kilmer (Ice Man). Foi um estrondo. Aquele filme marcou a nossa adolescência, notadamente por mostrar que, mesmo vivenciando o maior infortúnio, é possível dar a volta por cima e mostrar o seu valor.

Não prestei o seletivo para a EPCAR. O Futebol de Salão me apontou outro norte e minha inclinação por defender quem precisava fez de mim advogado. Diferente de mim, Sandro seguiu a carreira militar. Não se tornou piloto, mas mecânico de jatos da aeronáutica. Morou fora muitos anos e quando desejou retornar, acabei por ajudá-lo, juntamente com nosso amigo Clóvis Fecury. Ele acabou por se aposentar ainda jovem e decidiu fazer o curso de Direito, sendo hoje advogado como eu.
Lembrei de tudo isso hoje quando assistia, pela décima quinta vez, TOP GUN: Maverick. O filme conta a história de um aviador naval que, mesmo sendo uma lenda, encontra oposição na Marinha e, não fosse a proteção do seu amigo Ice Man (Val Kilmer), então Comandante da Esquadra do Pacífico, já teria sido impedido de voar. Eis o quanto é importante ter um amigo para lhe estender a mão. Chamado a treinar pilotos para uma missão dificílima, acaba por liderá-los e completando a tarefa. No elenco, como seu par romântico, está a belíssima Jennifer Connelly, a qual conheci como atriz em “Uma mente brilhante”. Maverick fez os aeronautas acreditarem que era possível completar a missão com êxito e voltar para casa em segurança. Desistir nunca foi uma opção.

Próximo de completar cinquenta e quatro anos, decidi completar o Curso de Mestrado Profissional em Direito e Afirmação de Vulneráveis da Universidade Ceuma. Fui o primeiro professor do quadro de professores a acreditar, cursar e completar o curso. Quase desisti. Incontáveis problemas de saúde quase me fizeram abandonar. Contudo, mesmo já não sendo nenhum menino, encontrei forças para completar o curso. No dia da defesa da minha dissertação, um momento singular da minha vida, lá estava ele, meu amigo do Colégio Dom Bosco do Maranhão, Sandro Suzart dos Santos.
Não nos tornamos pilotos de caça. Quis o destino que nos tornássemos advogados. Espero que ele faça o mestrado também. De tudo uma certeza: jovens ou de alguma idade, o importante é acreditar no sonho. Se no filme desistir não era opção, aqui não é e nunca será. Temos no corpo a fibra do lutador e na mente a certeza de que é possível vencer. Espero estar ao seu lado na sua próxima vitória, meu amigo, assim como você esteve na minha.

Muito obrigado pela amizade sincera, de trinta e cinco anos, ou mais. Acreditar sempre. Desistir? jamais.

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Variedades

JÁ NÃO SOMOS MAIS UM PAR

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Pearl Harbor é um filme de 2001 que narra o massacre Japonês à base naval americana do pacífico localizada no Havai e a reação dos Estados Unidos através do Ataque Doolittle. O filme é ambientado em meio ao triângulo amoroso que envolve Rafe (Ben Affleck), Danny (Josh Hartnett) e Evelyn (Kate Beckinsale). Esse é um dos grandes sucessos de Jerry Bruckheimer (Produção) e Michael Bay (Direção). A trama é embalada por muitas músicas, entretanto nenhuma lhe cairia tão bem quanto You’ve lost that lovin’feelin, na interpretação de Bill Medley. A letra fala da perda da paixão no relacionamento, de não fechar os olhos ao beijar, de não ter ternura no toque dos dedos, em que pese o amor avassalador de Rafe e Evelyn antes dele ser dado como morto. Se aplicaria ao retorno dele, quando então ela já se encontrava namorando seu amigo/irmão Danny.

Essa mesma canção foi destaque no filme TOP GUN: Ases Indomáveis. É a música que Maverick (Tom Cruise) canta no bar para Charlie (Kelly Mcgillis). Contudo, a interpretação que a tornou famosa foi do Rei do rock Elvis Presley. Para quem não sabe, as baladas foram um diferencial na carreira de Elvis.
Always on my mind ganhou o mundo como a música de encerramento do especial Elvis e eu, em que pese tenha sido gravada inicialmente por Willy Nelson. Por conter uma letra que remeteria ao relacionamento de Elvis com sua esposa Priscila, em que ele não teria lhe tratado como deveria, nem lhe amado como poderia, em que o tempo não haveria permitido, mas que mesmo assim ela não saia da sua mente, os fãs acreditaram que ele havia gravado a música como uma mensagem de arrependimento para ela.

 

Bridge Over Troubled Water é uma das mais famosas músicas do seu repertório e fala de um relacionamento findo em que ele afirma que quando você estiver aborrecida, se sentindo insignificante, quando estiver com os olhos cheios de lágrimas, eu as enxugarei. Pode contar comigo naqueles momentos difíceis em que não se encontra nenhum amigo, assim como uma ponte sobre águas turbulentas eu posso lhe amparar.

Elvis Presley era o ídolo musical da minha mãe.
No silêncio da madrugada, volto os olhos para o passado e em meio a lucubrações imagino Elvis interpretando um rasgado hino do coração partido que escutei na minha mocidade no programa de Fátima de Franco, nas madrugadas da Difusora FM. A música de César Nascimento narra a história de um casal que deixou de se amar. “Já não somos mais um par” descortina o fim do relacionamento dizendo:
“Por que assim
Como um eclipse
Nosso amor se dissipou
De madrugada na mesa de um botequim
Nem mais um copo
Peça a conta por favor
Até a luz do camarim já se apagou
As nossas vozes já não podem armonizar
Eu Raul Seixas e tu tiete de Mozart
Eu sei que é forte mas não somos mais um par “.

Quando a ficção se encontra com a realidade, resta a reflexão sobre a causa e o efeito. Sobre o motivo do fim ou a razão de um recomeço. Se restará de tudo uma boa recordação ou apenas o vazio da ausência irracional.

 

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