Já não me lembro mais a quanto tempo acompanho sua vitoriosa carreira. Tenho vaga lembrança de quando se elegeu Deputado Federal pela primeira vez e de sua reeleição. Tenho vivo na memória sua primeira eleição para Senador quando se elegeu deixando sem mandato Magno Bacelar e muito mais ainda quando venceu o Senador João Castelo na épica campanha em que se elegeu Governador do Estado após perder o primeiro turno por mais de cem mil votos. De lá pra cá, por sucessivas vezes o vi renovar seu mandato de Senador pelo Maranhão, ao ponto de hoje ser o decano daquela casa legislativa. Contudo, em que pese a boa memória que sempre tive, não conseguiria jamais relembrar todos os feitos de sua vida pública. Para tanto, recorri ao bom e velho google, o qual me brindou com as informações que agora registro para vocês.
Com efeito, em que pese seja graduado em direito, exerceu o jornalismo como atividade principal chegando a colunista político do Correio Braziliense e diretor de jornalismo da Rede Globo. Se elegeu Deputado Federal pelo Maranhão para o período de 1979-83, sendo em seguida reeleito para o período de 1983-87 com estrondosa votação. Em sua passagem pela Câmara dos Deputados, defendeu a integração nacional e a redução das desigualdades sociais e regionais. Em 1986, elegeu-se Senador e, como constituinte, ajudou na elaboração da atual Constituição da República Federativa do Brasil, publicada em 1988.
Quatro anos após sua eleição para o Senado, interrompeu o mandato de Senador pelo Maranhão ao ser eleito Governador do Estado, cargo que ocupou durante três anos e 19 dias (De janeiro de 1990 a março de 1993). Durante o governo, melhorou todos os indicadores sociais do Estado (a mortalidade infantil, por exemplo, caiu 30%) e realizou o maior programa rodoviário do Estado. Foi dele, também, a construção da Avenida Litorânea, cartão postal da nossa Capital. Deixou o cargo com grande aprovação popular, o que lhe garantiu a eleição para um novo mandato senatorial. Neste, destacou-se na elaboração da lei de apoio a reestruturação do ajuste fiscal dos estados e conseguiu autorização para que estes pudessem contratar operação de crédito junto ao Governo Federal, destinada a compensar perdas de receita decorrentes da implantação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.
Posteriormente, foi eleito vice-Presidente do Senado para o biênio 2001-2002 e presidiu a Casa em 2001. Como presidente do Senado, foi o responsável pela aprovação da emenda constitucional que limitou a edição das Medidas Provisórias pelo Presidente da República. Outro importante projeto votado durante a sua presidência foi a reforma da Lei das Sociedades Anônimas, que beneficiou os acionistas minóritarios. Nas eleições de outubro de 2002, foi reeleito para o terceiro mandato de Senador. Em fevereiro de 2003, quando foi instalada a nova Legislatura, presidiu a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, onde comandou os trabalhos para reforma do judiciário, que culminaram na criação do Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público, além do fortalecimento da Defensoria Pública. No período em que esteve à frente da CCJ, importantes projetos de interesse da sociedade foram deliberados, como as alterações na Lei de Execuções Penais e os projetos de lei dispondo sobre as penalidades para o trabalho escravo; a organização, preparo e emprego das Forças Armadas; o seqüestro relâmpago; Estatuto da Criança e do Adolescente; Código Penal; Código de Processo Penal; Código Civil; Código de Processo Civil; Estatuto do Idoso; e Estatuto do Torcedor.
Além da CCJ, o foi o primeiro presidente da Comissão de Fiscalização e Controle.
Em 21 de janeiro de 2008, a convite do Presidente Lula, e por indicação de seu partido, o PMDB, assumiu o comando do Ministério de Minas e Energia, cargo que exerceu até 31 de março de 2010. Em sua primeira passagem pelo Ministério, fortaleceu a segurança energética, a modicidade tarifária, e a universalização do acesso a energia elétrica. Capitaneou o Programa Luz para Todos atingindo, em 2009, a marca de 10 milhões de pessoas beneficiadas. No Maranhão, mais de 1 milhão e duzentas mil unidades habitacionais tiveram pontos de energia instalados. Outro destaque foi a coordenação da comissão que elaborou o novo marco regulatório para a exploração e produção de petróleo e gás natural para o País, aprovado pelo Congresso.
Nas eleições de outubro de 2010, ele foi reeleito Senador pelo Estado do Maranhão para o exercício do quarto mandato. Convidado pela presidenta Dilma Rousseff , reassumiu o Ministério de Minas e Energia. Foi durante sua segunda gestão a frente do MME que as contas de luz de todos os brasileiros tiveram redução de 20% e foi também nessa época que pode comemorar os dez anos do programa Luz para Todos, o qual já atingia 15 milhões de beneficiários. Sob sua batuta o Ministério elaborou e encaminhou ao Congresso Nacional projeto de um novo Código de Mineração para o país, destinado a modernizar e desenvolver o setor e consolidou a expansão da geração e transmissão de energia elétrica no país atingindo, somente em 2014, 7.509 MW instalados e 8.876 km de linhas de transmissão.
Em suas duas passagens pelo Ministério de Minas e Energia, o Brasil pôde comemorar grandes avanços em termos de segurança energética. Concluiu a interligação dos sistemas isolados do Norte, com a construção e integração da linha de transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus ao Sistema Interligado Nacional, além de dar inicio a construção de grandes obras de infraestrutura, como as usinas hidrelétricas de Belo Monte, Jirau, Santo Antônio e Teles Pires. Foi ele quem autorizou o primeiro leilão de energia eólica, abrindo espaço para a ampliação do espaço das fontes alternativas na matriz energética brasileira. Ao deixar o MME, em dezembro de 2014, a capacidade instalada de energia eólica no país era de 4.888 MW, crescimento de 23 mil % em relação a 2001.
De volta ao Senado Federal, assumiu a Comissão de Assuntos Sociais, tornando-se o senador que mais ocupou cargos de presidências de comissões do Senado Federal e hoje preside novamente a Comissão mais importante daquela Casa, a Comissão de Constituição e Justiça.
Neste dia em que é comemorado seus 81 (oitenta e um) anos, o Maranhão e o Brasil o reverenciam como um dos maiores homens públicos do seu tempo, admiração que se renova a cada dia em que um pobre aciona um interruptor e acende uma lâmpada ou que liga uma televisão ou toma uma água gelada. Para todos nós, habitantes da ilha do amor, também na alegria de transitar pela litorânea e apreciar a beleza da baia de São Marcos ou no Estado na certeza de poder escoar a produção agricola pelas várias estradas que restaurou ou construiu.
Em 2018 Vossa Excelência disputará aquela que provavelmente será sua última eleição para o Senado. Espero que o povo do nosso Estado saiba lhe agradecer pelos mais de 50 (cinquenta) anos dedicados à estruturação do Maranhão e ao seu desenvolvimento – o que contribuiu para a melhoria de vida do nosso povo -, renovando-lhe o mandato com arrasadora votação. Como dizia o seu último jingle de campanha: “com Roseana aqui e Lobão em Brasília, é São Luís que cresce, é Imperatriz que brilha. É o que a gente quer pra todo Maranhão, mais igualdade, justiça, a gente quer Lobão”.
Feliz aniversário ao grande lobo da política nacional. Vida longa ao Senador Edison Lobão.
Grande homem pubrico estorico no Maranhão tenho grade adimiraçao um Abraço do seu amigo Luiz Osmani conte comigo
Outro grande